Reflexões de Mesa de Bar

A alcunha "Diegopédia" foi me dada pelo meu colega João Paulo Coêlho à época da faculdade por minha mania de emitir opinião sobre quase tudo que havia na face da terra. Este humilde Blog foi fundado em 2008 com propósitos lúdicos de opinião e hoje, ocupa em minha vida um espaço de compartilhamento de críticas e ideias em minha empreitada contra o pensamento e contra às ações elitistas tão comuns na nossa sociedade tupiniquim. E expressão "Esquerda Feijoada" criei por necessidade de diferenciar a proposta de esquerda que defendo em minha vida. Esta proposta é de uma esquerda com os trabalhadores, dos trabalhadores e para os trabalhadores. Aqui, refiro-me, em especial, aos trabalhadores do país inteiro que saem todos os dias dos mercados públicos, comem sua feijoada (autêntica comida brasileira criada pelos escravos) e saem para seus postos de trabalho lutar por mais um dia. Não milito por esquerdas de elite que vivem de discurso. Milito pela esquerda do povão, do trabalhador que não esquece que é trabalhador e que luta por uma sociedade mais justa com distribuição da riqueza. Eu milito pela "Esquerda Feijoada" e que pese na barriga das elites a digestão destas lutas!

sábado, 9 de maio de 2015

Sobre como privatizar uma cidade: o caso do Cais Estelita em Recife-Pe

Divulgo aqui, neste espaço, o mini-documentário sobre o processo bastante discutível da prefeitura do Recife em aprovar o projeto novo Recife para construção e empreendimento imobiliário de luxo e terras que pertenciam ao povo do Recife.

apreciem e tirem suas conclusões...


segunda-feira, 4 de maio de 2015

Da coleção porque Dilma errou...

A presidenta Dilma errou, na opinião deste modesto blogueiro, ao optar por veicular seu pronunciamento oficial do dia do trabalho (01 de maio) por alguns motivos muito simples e de desdobramentos complexos. 

O primeiro argumento que cito consiste em ressaltar que, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), data base de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a televisão aberta (pelo conjunto de todos os canais) atinge cerca de 97% dos lares brasileiros. A internet alcança cerca de 49% dos lares brasileiros. Neste sentido, optar pela internet como meio de divulgação de um pronunciamento importante, em uma data importante, é, antes de mais nada, um erro estratégico sobre o alcance do pronunciamento. Os erros políticos disto dariam uma discussão em outra postagem.

O segundo argumento se sustenta nos dados fornecidos pelo próprio governo na Pesquisa Brasileira de Mídia (PBM) 2015: hábitos de consumo de mídia pela população brasileira , feita pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. Importante destacar que:

"De acordo com a pesquisa, 95% dos entrevistados
afirmaram ver TV, sendo que 73% têm o hábito de
assistir diariamente. Em média, os brasileiros passam
4h31 por dia expostos ao televisor, de 2ª a
6ª-feira, e 4h14 nos finais de semana, números superiores
aos encontrados na PBM 2014, que eram
3h29 e 3h32, respectivamente." (Brasil, 2015).


Ora, parece-me que a presidência não considera sequer os próprios dados para tomar decisões sobre o impacto de suas mensagens para a população. Confesso que já fiquei rindo das diversas teorias proferidas por meus amigos vinculados ou simpatizantes do Partido dos Trabalhadores para tentar justificar esta posição, no minimo equivocada, da presidente Dilma em seu suposto enfrentamento da grande mídia corporativa no Brasil.

O argumento dos amigos PTistas de que Dilma acertou porque deu um golpe da Rede Globo não cola. Se a presidente Dilma estiver realmente interessada em partir para o enfrentamento para com o jogo sujo feito pela emissora dos irmãos Marinho, existem lutas mais decentes do que não fazer um pronunciamento em cadeia nacional do dia 01 de Maio. 

O argumento de que a presidenta pretende evitar o desgaste em se expor em rede nacional com mais um pronunciamento que desencadearia outro panelaço nas varandas das elites é ridículo, pois se a presidência anda com medo das panelas da classe média brasileira, eu creio que os trabalhadores devam ficar preocupados.

O outro argumento que tenho ouvido de colegas trata da economia de 90 mil reais que o governo teve ao optar por divulgar vídeos relativos ao 01 de maio nas redes sociais. Considero este argumento mais discutível ainda, pois o governo pode economizar em setores mais nobres do que justificar a fala para um seguimento de mídia onde não estão a maioria dos trabalhadores. 

Por fim, digo de forma clara e honesta, que não cabe a uma presidenta da república optar por se comunicar por meio de uma média que não atinge a maioria dos brasileiros. A matemática é simples. 95 ou 97% ainda é maior do que 49%. Resta ao governo, pelo menos, deixar de errar num campo em que ele erra há décadas: o da disputa de mídias neste país.