Reflexões de Mesa de Bar

A alcunha "Diegopédia" foi me dada pelo meu colega João Paulo Coêlho à época da faculdade por minha mania de emitir opinião sobre quase tudo que havia na face da terra. Este humilde Blog foi fundado em 2008 com propósitos lúdicos de opinião e hoje, ocupa em minha vida um espaço de compartilhamento de críticas e ideias em minha empreitada contra o pensamento e contra às ações elitistas tão comuns na nossa sociedade tupiniquim. E expressão "Esquerda Feijoada" criei por necessidade de diferenciar a proposta de esquerda que defendo em minha vida. Esta proposta é de uma esquerda com os trabalhadores, dos trabalhadores e para os trabalhadores. Aqui, refiro-me, em especial, aos trabalhadores do país inteiro que saem todos os dias dos mercados públicos, comem sua feijoada (autêntica comida brasileira criada pelos escravos) e saem para seus postos de trabalho lutar por mais um dia. Não milito por esquerdas de elite que vivem de discurso. Milito pela esquerda do povão, do trabalhador que não esquece que é trabalhador e que luta por uma sociedade mais justa com distribuição da riqueza. Eu milito pela "Esquerda Feijoada" e que pese na barriga das elites a digestão destas lutas!

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Funcionários do Governo: privilégios sem fim e imposturas recorrentes.

Já faz certo tempo que muita coisa em Braslília, no Rio e em São Paulo muito me chama a atenção pela curiosidade estapafúrdia de seus acontecimentos. Ontem, no Jornal Nacional, fiquei sabendo que o juiz mineiro Edilson Rodrigues foi absolvido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de sua sentença de afastamento de funções em virtude de, em um julgamento anterior, ter afirmado, dentre outras coisas, que "o mundo é masculino e assim deve permanecer" (veja a matéria do site JusBrasil notícias clicando aqui para mais detalhes). Outro episódio não muito distante do cotidiano nacional foi o da procuradora do trabalho no Rio de Janeiro, Ana Luiza Faber, que atropelou a a empregada doméstica Lucimar Andrade Ribeiro. Após sair do veículo, eram visíveis os sinais de embriaguês (pelo menos nas imagens do cinegrafista amador que eu vi no Jornal Hoje da Globo não me deixaram dúvidas). A população logo ficou revoltada e abordou a senhora procuradora  para evitar que ela se evadisse, uma vez que ela não fazia menção de prestar socorro à empregada doméstica ferida. O desfecho da história deu-se de forma que a procuradora do trabalho não soprou o bafômetro, não foi indiciada e ficou por isso mesmo porque procuradores tem direito a esse "tratamento diferenciado" para que não sejam perseguidos no exercício de sua profissão. Que legal, não é? Para maiores informações sobre esse caso, clique aqui para ver o site Rio News. O episódio mais antigo diz respeito a injúria moral sofrida por um estagiário do Supremo Tribunal de Justiça (STJ). O estagiário era O estudante de administração Marco Paulo dos Santos, de 24 anos. O autor da injúria foi o próprio ministro do tribunal, o senhor Ari Pargendler. Tudo ocorreu em uma fila de caixa eletrônico do Banco do Brasil dentro das dependências do STJ, em virtude de o estagiário estar posicionado na fila atrás do ministro que não gostou e falou grosso com o rapaz-estagiário. Marco Paulo foi demitido e prestou queixa na delegacia (que o delegado encaminhou o processo ao Supremo por não ter competência legal para tratar do caso). Maiores informações sobre esse caso clique aqui para ver a matéria eletrônica do Jornal de Luzilândia. Esse que vos escreve, na mesma época, enviou uma reclamação formal sobre esse caso para a ouvidoria do STJ e não obtive resposta até agora. 

O mais curioso é que esses casos se repetem e se repetem e fica por isso mesmo na nossa maravilhosa mídia. Fica cada vez mais claro que existem duas categorias (talvez até mais categorias uma vez que somos muito criativos em criara essas coisas) de gente: os mortais e os imortais-marajás do alto escalão governamental. Estes últimos possuem tantos privilégios (inclusive justificados técnica e juridicamente para o exercício de suas profissões) que são intocáveis. Parece que não precisam prestar contas à sociedade do que fazem. Depois querem que eu acredite que o império e as práticas imperiais acabaram junto com a Proclamação da República. Continuarei pedindo explicações e, quem sabe, eles um dia me dêem uma desculpa esfarrapada.

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